segunda-feira, 28 de novembro de 2016

2016 em Retrospetiva - Fevereiro

Em Fevereiro finalizei 4 livros:

Os 100 Grandes Erros da História (Bill Fawcett)




Um livro divido em pequenos capítulos, que narram erros que mudaram a história. Um livro bom para quem quer aprender mais alguma coisa sobre história


O Nome do Vento (Patrick Rothfuss)



Um livro de alta fantasia que gostei imenso. Diria até que foi o melhor livro de 2016.



Primeiro Amor (James Patterson)



Já falei neste livro aqui. É um bom livro de romance e YA.


O Oráculo (Carherine Fisher)



Um livro de fantasia e YA. Eu gostei particularmente deste livro por o mundo fantástico não ter sido baseado na idade média, como é normal nos livros de fantasia, mas sim nos Egípcios.


sábado, 26 de novembro de 2016

Colecção de Bons Livros - Katherine Neville

Imaginem uma hsitória que combina mistério, com fantasia e ficção história. Os livros da Katherine Neville combinam todos esses elementos numa mistura muito boa. Já os aconselhei a muitos amigos, com gostos muito diferentes, e todos gostaram destes livros.
Por essa razão, deixo aqui a minha recomendação a todas as pessoas que gostam de ler.


O Oito



Sinopse: Conta a lenda que os Mouros ofereceram a Carlos Magno um tabuleiro de xadrez que continha a chave para dominar o mundo.

Sul de França, 1790. No auge da Revolução Francesa, o lendário tabuleiro de xadrez de Carlos Magno, oculto há mais de um milénio nas profundezas da Abadia de Montglane, corre o risco de ser descoberto. As suas peças encerram um intricado enigma e quem o decifrar terá acesso a uma antiga fórmula alquímica que lhe concederá um poder ilimitado. Para mantê-las fora do alcance de mãos erradas, as noviças Mireille e Valentine deverão espalhá-las pelos quatro cantos do mundo.Dois séculos depois, Catherine Velis, uma jovem perita informática, é enviada para a Argélia com o objectivo de desenvolver um software para a OPEP. Nas vésperas da sua partida de Nova Iorque, um negociante de antiguidades faz-lhe uma proposta misteriosa: reunir as peças de um antigo xadrez. Cat vê-se assim envolvida na busca do lendário jogo de xadrez e torna-se numa das peças desta partida milenar, jogada ao longo dos séculos por reis e artistas, políticos e matemáticos, músicos e filósofos, libertinos e o próprio clero. Quem está de que lado? De quem será o próximo lance?
Passado e presente entrecruzam-se magistralmente neste thriller excepcional de uma autora de culto em todo o mundo, considerada a grande precursora dos romances de Dan Brown.


O Fogo


Sinopse: Em 1988, O Oito, de Katherine Neville, revolucionou o panorama dos romances de intriga e redefiniu as normas universais do suspense. O Fogo dá continuidade à história.

1822, Albânia: trinta anos após a Revolução Francesa, está iminente a guerra da independência grega. Ali Paxá, o mais poderoso governante do Império Otomano, encarrega a sua jovem filha Haidée de levar para fora do país uma peça crucial do tabuleiro de Xadrez de Montglane. Perseguida por inúmeros inimigos, Haidée viaja através de Marrocos, Roma e Grécia até ao centro do Jogo cujos segredos têm origem na cidade de Bagdade, mil anos antes.
2003, Colorado: Alexandra Solarin desloca-se ao refúgio ancestral da família, nas Montanhas Rochosas, para o aniversário da mãe. Há trinta anos, Cat Velis e Alexandre Solarin, os seus pais, acreditavam ter espalhado as peças do Xadrez de Montglane por várias partes do mundo, enterrando-as e ocultando assim os segredos do poder que quem as possuísse deteria. Mas, ao chegar ao seu destino, Alexandra descobre que a mãe desapareceu e que uma série de pistas por ela estrategicamente deixadas só podem indicar que algo de muito sinistro foi posto em marcha. A peça mais importante do tabuleiro de xadrez de Carlos Magno reapareceu...

Misturando um estilo requintado com uma narrativa absorvente em que o suspense nunca pára, Katherine Neville consegue mais uma vez tecer uma cativante história de acção, intriga e mistério.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

2016 em Retrospetiva - Janeiro

Como o ano está quase a acabar, irei fazer uma retrospectiva dos livros que finalizei por cada mês
Vou falar de dois por semana, sendo que o mês de Dezembro já vou falar em 2017.

Vou fazer alguns comentários sobre os livros que li e a sua classificação.

Vou começar por falar de Janeiro, em que apenas finalizei dois livros:

Drácula (Bram Stoker)





Um clássico da literatura de fantasia de terror. Já falei neste livro aqui. Um ótimo livro para os amantes do género.





Se Eu Ficar (Gayle Forman)


Um livro YA, sobre uma rapariga que está em coma, mas a mente dela consegue ver o que está a acontecer. Aconselho a quem gosta de YA e de romance.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Uma adaptação que conseguiu estragar a história

Já falei aqui nas adaptações que conseguiram ser melhores que os livros que li. Agora vou falar de uma foi tão má que conseguiram estragar a ideia do escritor.


Eragon (Christopher Paolini)


Eragon (ou Ciclo da Herança) não é a melhor saga de fantasia que já li, mas foi uma das primeiras (acho que tirando Harry Potter foi a primeira). Fala-nos da vida de Eragon, um rapaz do campo que se torna cavaleiro de dragões. Ao longo da saga vai acontecendo alguns Plot Twist interessantes eque conseguiram prender-me à leitura.


O filme é um desastre (não há melhor forma de o descrever). Ficou tão diferente do livro que se tornou impossível fazer a sequência. O que é uma pena. Como livro apresenta bastantes coisas que poderiam ter sido melhoradas, uma adaptação bem construída desta saga poderia entrar no grupo restrito de "filmes que são melhores que o livro".  

domingo, 20 de novembro de 2016

Um olhar sobre: As Serviçais (Kathryn Stockett)

Se alguém me perguntasse qual é o meu filme favorito, provavelmente iria responder "As Serviçais".


Ao contrário daquilo que eu gosto de fazer, vi o filme antes de ler o livro. Foi tão bom que tive de ler também o livro.



É uma história tão inteligente. Acho que ninguém consegue ler o livro ou ver o filme sem ficar a pensar a forma como a sociedade dos EUA tratava, nos anos 60, as mulheres e as pessoas de pele escura.

Esta história é narrada pelo ponto de vista de três mulheres. São as três maravilhosas, com personalidades bem marcadas

Tanto no livro como no filme achei que a protagonista Skeeter era muito parecida comigo. Uma personagem com ideais fortes e vontade de mudar o mundo. Também gosta de escrever e não se revê no papel de dona de casa. É interpretada pela Emma Stone, uma atriz que gosto muito.

A Aibileen é uma mulher mergulhada numa grande tristeza, que também tem gosto e  talento para escrever. Foi interpretada pela Viola Davis, uma atriz que também gosto muito.

A Minny é uma personagem atrevida. Graças e ela consegui dar umas quantas gargalhadas. A atriz Octavia Spencer ganhou o Oscar pela sua interpretação neste filme.

Aconselho, a quem não conhece a história, que veja o filme, ou leia o livro (ou, quem sabe, ambos).

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Opinião: Desejos do Coração (Jude Deveraux)



Como já falei aqui, gosto muito os livros da Jude Deveraux. São leves e divertidos.

Já li todos os livros até este (que é o quinto) da série Edilean, e foi o primeiro em que fiquei desiludida. Não é que tenha detestado este livro, mas achei-o mais fraco que os restantes.

A coisa que mais me irritou no livro foi a protagonista. A Gemma era linda, inteligente e toda a gente gostava dela. Como se não fosse suficiente a personagem estar muito perto de ser uma Mary Sue, ainda carregava alguns problemas de lógica. Primeiro só se importa com a carreira e o seu doutoramento. Depois já não quer saber da carreira porque quer casar.
Vou repetir o que já escrevi aqui no blog, mas não consigo resistir: Porque é que não pode ter as duas coisas?

O protagonista masculino, o Colin, também tinha o defeito de ser demasiado perfeito. (Como é que se chamam os Homens-Mary Sue?) Guardava segredos que nunca foram revelados. Ou talvez que foram relevados e não era nada de especial.

Já que ando a acompanhar a série Edilean, gostava de ter ficado a conhecer mais algumas coisas do passado, em vez de ler partes que não acrescentaram nada.

O vilão foi tão fraquinho e a resolução tão rápida que perdeu o sentido. Depois há uma parte, que para mim, foi uma coisa um pouco pesada, mas só é mencionada. Não se pode abordar um tema sensível e depois não se aprofundar. Se o livro é para ser só leve, então alguns temas devem ser deixados de lado.

Desejos do Coração é um livro que cumpre a função de divertir, mas que podia ser muito melhor.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

As metáforas

As metáforas são o sal da literatura.

Conheço pessoas que adoram a comida salgada. As vezes conseguem por tanto sal que a comida deixar de ter o sabor próprio, para apenas saber a sal.

Há outras pessoas que nem metem sal, ficando a comida sem gosto e sem graça.

Depois há aqueles génios da culinária que metem a dose adequada de sal, de tal forma que a comida tenha o seu próprio gosto, sem ficar sem graça.

Eu gosto de comida com uma pitada de sal certeira. Apesar disso, quando cozinho, o normal é esquecer-me do sal. Mas por vezes consigo acertar na medida certa.

sábado, 12 de novembro de 2016

Um olhar sobre: Divergente (Veronica Roth)

Na nova rubrica: "Um olhar sobre", eu vou falar de livros que eu li há imenso tempo, mas que ainda estão na cabeça, quer por bons, quer por maus motivos.

Para iniciar, escolho a trilogia Divergente, que comecei a ler em 2012.

Quando li o primeiro livro não sabia que iam fazer uma adaptação, nem imaginava que se tornaria tão famoso como realmente se tornou.


Também não fazia ideia que ia gostar tanto como gostei. Foi o primeiro livro distópico que li e gostei muito da construção do universo criado. Além disso, achei que a autora escreve muito bem, não tornando a Tris uma personagem chata e prendendo-nos à história.

Quando acabei de ler tive de esperar (e desesperar) pelo segundo volume da saga.


No dia em que saiu em Português fui a correr comprar o Insurgente. Não desiludiu nem um pouco, sendo para mim é o melhor livro da saga.

Enquanto esperava pelo terceiro livro, ia acompanhando a escolha dos atores para os filmes, conversava sobre a saga e criava as minhas próprias teorias. E posso orgulhar-me de ter acertado em algumas coisas.

Por gostar tanto da saga, acabei por seguir algumas páginas sobre a mesma. O que parece uma coisa natural, tornou-se o maior balde de água fria que já levei. Antes do terceiro livro sair na sua versão original eu, involuntariamente, levei com (graves) spoilers.

Mesmo assim, consegui aguardar que a versão Portuguesa saísse evitando mais spoilers.


Antes de ler o terceiro, resolvi reler os dois primeiros livros. Queria ter a história que tanto gostava na cabeça para compreender tudo. Achava que iria adorar o livro, mas acabei mas isso não aconteceu. Ficou confuso, dando ideia que a autora escreveu à pressa. Além disso eu não gostei nada dos capítulos do ponto de vista do Quatro.

Por essa mesma razão, não li o livro Quatro. Que lógica faria ler um livro que não acrescenta nada à trilogia original, narrado de um ponto de vista que não gosto?

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Devaneio: Uma reflexão sobre clichés

Quem nunca, ao ler um livro, deu por si a pensar: "Eu já vi isto é qualquer lado?"
São os clichés. Esses bichinhos filhos da preguiça e a falta de criatividade.

Os clichés podem estar em todos os elementos de um livro, desde os personagens, à relação entre eles, à ação, até à forma como é descrito. Podem ser coisas subtis e passar despercebidas, ou podem ser coisas tão más e chatas que estragam o livro.

Na minha opinião, os clichés que mais têm a capacidade de estragar uma história são os que se relacionam com os personagens. A menina ingénua, o melhor amigo apaixonado e o ex-marido maldoso, repete-se e repete-se. Porque não a menina esperta, o melhor amigo que é só amigo e o ex-marido simpático?
Estes personagens são tão comuns que até conseguem saltar entre géneros literários. O ex-marido maldoso pode estar associado a livros românticos, em que a menina ingénua (lá está), tem de se esconder dele. Mas também existe em mistérios, sendo sempre bastante suspeito.

Dentro  das relações entre personagens aquilo  que mais me irrita são os triângulos amoroso. É aquela tentativa de fazer com que o romance não seja óbvio. Claro que pode fazer sentido dentro  de um história e até ficar bem e ai eu sou a primeira a dizer que gosto, mas na maioria é só mesmo para "encher chouriços".

Uma cena semelhante também pode dar cabo de uma história, embora para mim seja mais fácil ignorar. Claro que há  cenas que fazem parte de um género literário e são necessárias. Num livro de fantasia, o protagonista treinar com o seu mestre é, normalmente, essencial não só para o desenvolvimento da personagem como para explicar aos leitores aquele universo e magia. Mas há outras cenas que não são mais do que um recurso barato. A protagonista de um romance cómico cair é  tão comum que já nem mete graça.

Azul como o céu.
Brilhante como o Sol.
Bonita e delicada como uma flor.

Senhores e Senhoras escritores, por favor façam boas metáforas/comparações, ou simplesmente não façam. Não há problema em um texto não ter nenhuma figura de estilo, mas há muitos problemas com as comparações que eu escrevi.

Claro que nem todos os clichés são negativos. Há coisas que se repetem em todos os livros e são boas. Para mim, os clichés que são positivos são aqueles que me deixam feliz ao ler um livro. Por exemplo, o final "felizes para sempre" de um romance cor-de-rosa. Eu quero saber que aqueles personagens com que eu me preocupei vão ter uma vida-ficcional boa. Não me importo de saber desde a primeira página que é assim que vai acabar, o que eu não quero é  que seja cliché a forma como se chega a essa conclusão.

Num livro, dou importância a ler algo diferente, pois se gostasse de estar sempre a mesma coisa, apenas comprava um livro e lia-o e relia-o.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Opinião: Trilogia do Elfo Negro (R. A. Salvatore)

A trilogia do Elfo Negro é baseada no jogo Dungeons and Dragons. Eu nunca joguei a este jogo e até há pouco tempo, mal sabia da sua existência.


(Fonte)

Talvez seja por ser baseado num jogo, estes livros estejam recheados de ação. Não têm momentos parados, o que dá vontade de ler sempre mais um bocadinho. Além disso, comparados com o que estou habituada nos livros de fantasia, são pequenos e lêem-se num instante.



Pátria



O primeiro livro é passado numa cidade dos drows (ou elfos negros), chamada Menzoberranzan. Esta cidade fica no Subescuro, onde nunca entra a luz do Sol  e tem umas leis e regras estranhas. No fundo, tudo é permitido, desde que não se seja apanhado. 

Em Menzoberranzan existe as existe um hierarquia de casas nobres. Muitas vezes uma casa destrói outra  apenas para subir na hierarquia. Começamos o primeiro livro no momento  em que  uma dessas casas está  a destruir outra, enquanto a líder da casa atacante está a dar à luz o protagonista da trilogia, Drizzt Do'Urden. Graças às  intrigas politicas, este foi o meu livro favorito da trilogia.

Desde o início que percebemos  que Drizzt é diferente dos seus semelhantes. Não se revê naquela sociedade e até um pouco ingénuo. 

Exílio






No início deste livro, após negar os costumes da sua espécie, Drizzt está uma década escondido no meio do submundo. Durante  esse tempo, luta com monstros, aumentando as suas capacidades.  Esta parte foi a que menos gostei em toda a trilogia. É  demasiado parada e não acontece nada e especial.

As coisas melhoram quando a sua família o começa a seguir. Apesar disso, foi o livro que menos gostei da trilogia.


Refúgio




Numa tentativa de escapar dos outros drows, Drizzt foge para a superfície, onde é recebido com desconfiança. Acompanhamos Drizzt a tentar fazer boas ações, mas a receber apenas perseguições e tentativas de morte.

Foi melhor do que o livro anterior, apesar disso esperava mais do último volume. Não é que tenha sido mau, antes pelo contrário, mas podia ter sido muito melhor.



No geral a trilogia é boa, apesar de não ser bem aquilo que eu estou habituada a ler em livro de fantasia. É também um prequela para outra trilogia: The Icewind Dale Trilogy, que fiquei com vontade de ler.  

domingo, 6 de novembro de 2016

Colecção de Bons Livros: Victoria Hislop

Apesar de não ter lido muito livro de Ficção Histórica, no geral, os livros deste género agradam-me sempre. Os livros que li da autora Victoria Hislop surpreenderam-me pela positiva. São inteligentes, lê-se bem e são ótimos para aprender um pouco de história.
Vou deixar aqui as sinopses dos dois livros que já li.

A Arca


Sinopse: Tessalonica, 1917. No dia em que Dimitri Komninos nasce, um incêndio devastador varre a próspera cidade grega, onde cristãos, judeus e muçulmanos vivem lado a lado. Cinco anos mais tarde, a casa de Katerina Sarafoglou na Ásia Menor é destruída pelo exército turco. No meio do caos, Katerina perde a mãe e embarca para um destino desconhecido na Grécia. Não tarda muito para que a sua vida se entrelace com a de Dimitri e com a história da própria cidade, enquanto guerras, medos e perseguições começam a dividir o seu povo. Tessalonica, 2007. Um jovem anglo-grego ouve a história de vida dos seus avós e, pela primeira vez, apercebe-se de que tem uma decisão a tomar. Durante muitas décadas, os seus avós foram os guardiões das memórias e dos tesouros das pessoas que foram forçadas a abandonar a cidade. Será que está na altura de ele assumir esse papel e fazer daquela cidade a sua casa?

Hotel Sunrise



Sinopse: Famagusta, no Chipre, é uma cidade dourada pelo calor e pela sorte, o resort mais requisitado do Mediterrâneo. Um casal ambicioso decide abrir um hotel que prime pela sua exclusividade, onde gregos e cipriotas turcos trabalhem em harmonia.


Duas famílias vizinhas, os Georgious e os Özkans, encontram-se entre os muitos que se radicaram em Famagusta para fugir aos anos de inquietação e violência étnica que proliferam na ilha. No entanto, sob a fachada de glamour e riqueza da cidade, a tensão ferve em lume brando…

Quando um golpe dos gregos lança a cidade no caos, o Chipre vê-se a braços com um conflito de proporções dramáticas. A Turquia avança para proteger a minoria cipriota turca e Famagusta sucumbe sob os bombardeamentos. Quarenta mil pessoas fogem dos avanços das tropas.

Na cidade deserta, restam apenas duas famílias. Esta é a sua história.



sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Opinião: Uma Chamada do Céu (Mitch Albom)


Se eu fizesse um top dos livros mais estranhos que já li, acho que Uma Chamada do Céu estava nesse top.

Neste livro ficamos a conhecer uma vila, chamada Coldwater, onde algumas pessoas começam a receber chamadas dos seus entes queridos que já estão no céu. Essa ideia parece um pouco assustadora, mas eu nunca senti medo enquanto lia este livro. O autor deu às chamadas um tom mais emotivo do que assustador, tornando-o um livro bastante espiritual.

A novidade dos telefonemas começa por espalhar-se pela vila e alastra ao resto do mundo. Um dos pontos mais positivos do livro foi a forma como a informação alastra pelo mundo através da televisão e como as pessoas usam a internet para tecer as suas opiniões, exatamente como seria de acontecesse de verdade.

Enquanto metade do mundo (literalmente) está a ficar emocionado com as chamadas, a outra metade está cética. Dentro dos céticos inclui-se um ex-piloto que a sua esposa e grande amor faleceu e o filho de ambos começa à espera de também receber uma chamada. Enquanto os outros personagens ficam os dias à espera das chamadas, ele começa a investigar.

O fim do livro foi bem conseguido e fez sentido. E deixou uma pergunta no ar que nós faz pensar.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Romances cor-de-rosa

Como podem ver pelas opiniões que tenho dado, eu leio imensos romances cor-de-rosa. Neste texto eu vou apenas dar uma opinião muito pessoal sobre este género literário, realçando aquilo que gosto e o que não suporto.

No topo das coisas que para mim são importantes num romance cor-de-rosa (e em todos os livros) é a originalidade. Chateia ler sempre a mesma história da menina ingénua, virgem e pouco interessante, que conhece um homem lindo, rico e mulherengo e que se apaixonam. Esta deve ser a ideia mais batida da história. (Será que ainda se pode chamar ideia?). Está em livros, filmes, séries, telenovelas...

Também considero importante existir mais alguma história para além do romance. Pode ser um mistério, descoberta do passado, um pouco de magia, ou até mesmo cenas de humor. Não quero ler um livro de 300 páginas, em que dessas, 200 são a dizer que os membros do casal são lindos e as outras 100 são eles a dar beijinhos (mas só beijinhos, porque a protagonista é muito ingénua e virgem).


Se a falta de conteúdo me chateia, ideias ultrapassadas ainda me chateiam mais, Não é difícil encontrar livros com ideias ultrapassadas apesar de serem recentes. Não, as mulheres não têm de fazer todas as tarefas domésticas, enquanto os homens ficam no sofá a beber cerveja. E aquelas personagens que andam loucas para arranjar namorado, como se fosse a única coisa importante têm um problema qualquer de autoestima, não são raparigas comuns. Será que as mulheres dos romances não podem ter, também outros interesses? E porque razão, as mulheres que têm uma carreira, vão ver-se sempre obrigadas a escolher entre a carreira e a família?

Eu sei que tudo aquilo que eu referi no último parágrafo são questões que estão enraizadas na mente das pessoas. Pergunto-me se os livros não deveriam tentar por as pessoas a pensar "fora da caixa".


Já li imensos romances cor-de-rosa e vou continuar a ler. Há livros que são ótimos, que nós fazem divertir imenso e por vezes até aprender um pouco. Apesar disso, é um género em que, para mim, é fácil odiar algumas coisas.