quarta-feira, 4 de abril de 2018

Top 100 Livros de Ficção-cientifica e Fantasia (NPR) - Os livros que gostava de ler

Já comentei aqui um pouco do que consiste o projeto #101livrosffc, e quais os livros que já li da lista. Sem dúvida que gostaria de ler todos os outros livros da lista, mas há alguns que me chama mais a atenção que outros.

6. 1986 (George Orwell)

Gostei muito de A Quinta dos Animais, mas suspeito que ainda vou gostar mais deste (e agora tenho medo de me desiludir).

9. Brave New World (Aldous Huxley)

Há quem diga que o Hurxley acerto futuro (que seria o nosso presente). Razão mais do que suficiente para eu querer lê-lo.

20. Frankenstein (Mary Wollstonecraft Shelley)

Desde que li o Drácula, que fiquei com vontade de também ler o Frankenstein. Faz parte da minha jornada para conhecer os princípios dos meus géneros literários favoritos.

22. The Handmaid's Tale (Margaret Atwood)

Um livro feminista, que recentemente foi adaptado para uma série. Eu gostava muito de ler este livro, mas tenho medo que me deixe a pensar demais na história.

42. The Mists Of Avalon (Marion Zimmer Bradley)

Julgo ser um livro que me ia agradar.

46. The Silmarillion (J.R.R. Tolkien)

Já li O Senhor dos AneisO Hobbit. Falta-me ler o Silmarillon. Temo que seja uma leitura um pouco pesada, mas sem dúvida que gostava de ficar a saber um pouco mais sobre este maravilhoso universo.


segunda-feira, 5 de março de 2018

Opinião: Terras da Meia-Noite (Marianne Willman)


Este conto pertence a uma antologia chamada "Contos da Meia-Noite". Os outros contos são:  

Neste conto conhecemos uma rapariga americana que ao procurar o local de origem da sua família em França, vê-se arrastada para um local misterioso. Como todos os contos anteriores, este implica castelos com um pouco de magia à mistura. 
O proprietário desse castelo é um homem magoado e solitário que estuda documentos antigos, para tentar reverter uma maldição que afeta toda a aldeia. Como por coincidência a rapariga é especialista em documentos antigos, fica  hospedada no castelo para ajuda-lo.

O que mais me deixou curiosa neste conto foi saber qual era a maldição. Mas  chegou a um ponto se tornou muito óbvio, só alguém muito desatento não percebia. Deu-me a impressão que algumas coisas na aldeia não foram completamente explicadas, mas num conto tão pequeno, isso já seria de esperar.

No geral gostei da história. O romance não foi instantâneo, já que houve alguma passagem de tempo durante o conto. Os elementos mágicos são interessantes. E as personagens bem escritas, para tão poucas páginas.

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Opinião: Sonhos Proibidos (Lesley Pearse)


Já tinha lido o terceiro livro desta trilogia, o que não fez muita diferença, pois o terceiro relata a história da filha durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto os dois primeiros a vida da mãe. Apesar de me recordar bastante bem da história da filha de Belle e por essa razão ter alguns spoilers, não tive a experiência de leitura estragada.

Admito que o início do livro foi um pouco sofrível. Via tantas páginas ainda por ler e a Belle parecia-me uma tonta. Quem tem 15 anos e não percebe que vive num bordel?
De seguida acontece uma série de desgraças (como a tia Lesley nos habituou) e a história continuou a não me prender. Só quando a Belle decide tomar conta de si própria e fazer alguma coisa para mudar o seu destino  comecei a ter uma enorme vontade de virar as páginas.

Sonhos Proibidos é um livro sobre esperança e aprender a fazer frente a todas adversidades. Não achei uma leitura leve por essa razão não recomendo a quem está à procura desse tipo de livros. É um bom livro para quem tenha vontade de ler algo no início do século XX e para quem gosta de tragédias.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Mensageira

Senti-me assustada. Era a primeira vez que ia viajar entre mundos. Após vários meses a estudar a língua falada naquele mundo, os seus hábitos e a sua cultura devia sentir-me preparada para esta viagem. Mas não era assim que me sentia. Ia encontrar uma realidade muito diferente da que estava acostumada.

Ia entregar uma mensagem da minha rainha ao presidente do reino. Era uma mensagem confidencial e eu não fazia a mínima ideia do que estava dentro daquele envolve selado. Só sabia que a rainha esperava que eu conseguisse levar-lhe a resposta.

Quando cheguei ao limbo, o local que fazia fronteira entre todos os universos. Encontrei o mestre, um homem alto, com cabelo e barba branca, vestes azul muito escuro e olhos de um verde que nunca tinha visto. Não era o meu mestre nem sabia se ensinava alguma coisa a alguém, mas era assim que todos o tratavam.

Cumprimentei-o e expliquei a razão da minha vinda. O mestre com a sua vós calma, conseguiu tranquilizar-me um pouco. Explicou-me que o mundo que ia visitar era lindo e estava a numa prolongada época de paz. Falou-me do seu povo e das suas tradições e hábitos. Embora tenha estudado estes temas, não pude deixar de adorar ouvir aquela explicação. A sua descrição era tão vivida que senti-me como se tivesse a ver a magnífica espécie de cavalos alados que só existiam naquele mundo e as maravilhosas florestas, com árvores tão grandes como os arranha-céus do meu mundo.

O mestre deu-me um embrulho com um elegante vestido comprido. Explicou-me que aquela sociedade que eu ia visitar não via com bons olhos o meu vestido, que deixa demasiada pele à mostra.

- Nem acredito que não lhe tinham dado uma roupa adequada.

Aquela afirmação não me deixou confortável com a minha preparação. Tirando o vestuário adequado, o que mais não saberia sobre o mundo que iria visitar.

Um outro viajante entre mundos apareceu no limbo e o mestre foi ajuda-lo e aproveitei para mudar de roupa. O outro viajante tinha pele avermelhada e parecia bem mais experiente. Aguardei um pouco, com o desconfortável vestido, enquanto o mestre auxiliava o homem, a entrar numa das pequenas e luminosas bolas que serviam de porta para um dos milhares de mundos existentes.

O mestre regressou para junto de mim e ajudou-me a entrar para outra bola luminosa. A que serviria de entrada para o mundo que visitaria. Fui sugada pelo brilho da bola, depois senti-me a cair. Gritei assustada. Andei as voltas, até que cai o meio de uma superfície lisa e brilhante.

Olhei à volta, estava numa sala onde três das quatro paredes eram feitas de vidro e a outra de pedra azulada. O vidro permitiu ver a magnifica floresta, que conseguia ser ainda mais bonita do que tinha imaginado. Gritei como uma louca, mas desta vez foi de felicidade.

Tinha chegado ao meu destino!

Pus-me de pé e reparei que a parede de pedra tinha uma pequena porta, que se abriu para entrarem dois pequenos soldados com o símbolo, que segundo os livros que tinha lido, representava a guarda do presidente.

Os dois soldados eram bastante atraente e caminhavam com confiança. Cumprimentei-os e apresentei-me. Expliquei que tinha vindo entregar uma mensagem ao presidente deles e que sentia-me muito honrada em puder ver este lindo mundo.

Apesar de falar suficientemente bem a língua deles para ter a certeza que me percebiam, os soldados ignoraram a minha explicação, rodeando-me e arrastando-me para uma sala atrás da porta.

Quase entrei em pânico. O que ira acontecer comigo?

domingo, 4 de fevereiro de 2018

Opinião: Amante de Sonho (Ruth Ryan Langan)



Este conto pertence a uma antologia chamada "Contos da Meia-Noite". Os outros contos são:  
"Terras da Meia-Noite" - Marianne Willman

Ao contrário dos dois contos anteriores, este não se passa num mundo fantástico. A maior parte da história decorre na Escócia e tem apenas alguns elementos sobrenaturais.
Como o título indica, este conto é sobre a descoberta de um "amante de sonho". Achei que o romance foi muito apressado, mas talvez isso pudesse ser diferente se o conto não tivesse um número tão pequeno se páginas. Tirando isso, até gostei dos dois protagonistas.
Não fiquei muito curiosa para ler outros livros da autora, talvez porque estou cansada de romances fofinhos. Apesar disso, acho que pode ser uma  boa história para quem quer algo desse género.

domingo, 28 de janeiro de 2018

Opinião: O Estranho Caso do Dr. Jekyll e do Sr. Hyde (Robert Louis Stevenson)



O Furta-Defuntos

Uma história muito cura, mas que me deixou curiosa. Há uma rivalidade entre dois homens e os outros que assistiram a esse confronto começam a inventar histórias sobre a razão dessa rivalidade. Uma dessas histórias diz que os dois homens foram estudantes de medicina e viram-se envolvidos num esquema de um dos professores.
O fim da história era para assustar, mas não senti medo nenhum. Talvez por ter sido escrito noutra época em que os leitores se assustavam com mais facilidade. 

Olalla

Olalla é um conto passado em Espanha, onde o narrador vai recuperar-se na casa de uma família que em tempos foi muito importante, mas perdeu a sua influência. Consegui perceber o que estava a acontecer naquela família, mas acho que não era muito óbvio, pelo que pode surpreender alguns leitores.

O Estranho Caso do Dr. Jekyll e do Sr. Hyde

A maior e mais famosa narrativa presente neste volume. Aqui seguimos a visão de um advogado que começa a estranhar algumas ausências do seu amigo Dr. Jekyll, bem como o testamento em que beneficia um homem (o Sr. Hyde) que é o género de pessoa que não interessa a ninguém.
A mensagem do autor é muito clara: o Bem e o Mal são duas forças opostas que estão em conflito e que alimente o Mal vai fazer destruir o Bem. 
Pensei que fosse uma história com mais ação, talvez por causa de já conhecer o personagem de outras histórias (como a série Once Upon a Time ou o filme Liga dos Cavalheiros Extraordinários), mas é muito calmo, seguindo apenas a visão do advogado.

domingo, 21 de janeiro de 2018

Top 100 Livros de Ficção-cientifica e Fantasia (NPR) - Os livros que já li

Ao ver nos canais no youtube da Mariana Pereira e da Raquel, So Happy with books um desafio para 2018 que consistia em ler livros do Top 100 Livros de Ficção-cientifica e Fantasia da NPR (podem consultar a lista aqui), não podia deixar de participar.
#101livrosffc

Como ponto de partida irei falar sobre os livros que já li desta lista.

1. O Senhor dos Anéis (J.R.R. Tolkien)

Talvez a saga de fantasia mais famosa de sempre. Li entre 2012 e 2013 e, apesar de reconhecer o seu valor, não é a minha saga de fantasia favorita. Por favor não me interpretem mal, eu gostei bastante de ler a obra de Tolkien. Acho que alguns alunos conseguiram ultrapassar o mestre.

5. As Crónicas e Gelo e Fogo (George R.R. Martin)

Sem espanto os livros do momento fazem parte desta lista. Comecei a ler a saga em 2012, mas só vou acabar lá para o ano 2100, quando o tio George se decidir a acabar de escreve-la. Não posso dizer que é a minha saga de fantasia favorita porque ainda não sei como acaba, mas suspeito que virá a ser.

13. A Quinta dos Animais (George Orwell)

 Li este pequeno livro em 2017 e adorei. Podem ler a minha opinião aqui. Para mim é um livro genial para quem não gosta muitos de livros de FC e Fantasia, mas quer participar no desafio. 

16. A Crónica do Regicida (Patrick Rothfuss)

Foi sem surpresa que encontrei esta saga na lista. Li os dois livros que já saíram desta saga em 2016. 
Os livros são enormes, mas fiquei triste quando acabei o segundo livro e fiquei a saber que teria de esperar para ler o terceiro. Aqui dou-vos boas razões para começarem a ler esta saga. 
Também li, em 2017, um livro que não faz parte da trilogia original mas relaciona-se com esta. Podem ler a minha opinião aqui. Eu não costumo ler estes livros extras, mas por causa de gostar tanto da saga e querer  matar saudades abri um exceção.
No ano 2100, quando já tiver saído o ultimo livro desta trilogia e As Crónicas e Gelo e Fogo também já tiverem sido terminadas, eu escolho a minha saga de fantasia favorita.

43. Mistborn  (Brandon Sanderson)

Outra saga que eu amei e não me surpreendi de encontra-la na lista. Li a primeira trilogia (que é, por enquanto, a única traduzida no nosso país) e tenho muita curiosidade para continuar a ler. Aliás, eu acho que quero ler tudo deste autor que já escrever bastantes livros. (Podem ler a opinião dos livros da trilogia aqui, aqui e aqui).

67. The Sword of Shannara Trilogy (Terry Brooks)

Pode parecer estranho, mas desta trilogia eu apenas li, em 2016, o segundo livro As Pedras Élficas de Shannara. Ao contrário do que acontece com a grande maioria das sagas em que todos os livros funcionam como uma só história, nesta trilogia cada livro pode ser lido como um livro individual. A razão pela quando eu só li o segundo foi porque este foi adaptado numa série (que eu não vi, nem faço intenções de ver) e como tal é o mais famosa da saga e assim foi aquele que me emprestaram.
Não desgostei do livro, mas também não o adorei. Apesar de ser fã de fantasia, as histórias que se baseiam nas raças de Tolkien chateia-me um pouco.

69. The Farseer Trilogy (Robin Hobb)

Em Português o nome da trilogia foi traduzido para A saga do Assassino. Li a saga em 2015 e gostei muito. Não é uma saga muito violenta, apesar de pelo título em Português dar essa ideia. Também encontrei muitas parecenças com As Cronicas de Gelo e Fogo, mas não me vou alongar muito pois acho que estas semelhanças merecem um texto só para si. De referir que o primeiro livro da trilogia é de 1995, enquanto o primeiro livro de George RR Martin é de 1996. Por terem datas de lançamento tão próximas concluo que as semelhanças são apenas coincidência.

73. The Legend Of Drizzt Series (R. A. Salvatore)

O autor R. A. Salvatore escreveu várias trilogias dentro deste universo e eu li a Trilogia do Elfo Negro. Li sem dar muito valor aos livros por duas razões: primeiro porque os livros foram  baratos e segundo porque os livros são baseados num jogo. O meu preconceito mostrou-se infundado e os livros são bastante bons, aliás prova disso é fazerem parte deste Top. Podem ler a minha opinião aqui.

81. Malazan Book of the Fallen (Steven Erikson)

Desta saga apenas li o primeiro livro o ano passado. É uma saga épica e muito original. Gostei bastante apesar de não ter compreendido muito bem o que estava a acontecer. Segundo várias opiniões que li é normal e acontece com a maioria dos leitores, e é a partir do segundo livro que os leitores começam a apreciar a saga. Por esta razão tenho muita vontade de lê-lo e quem sabe não seja uma leitura de 2018. Na opinião que escrevi aqui explico melhor por que razão esta saga é tão difícil de se compreender numa primeira leitura. 

Neste momento, no início de 2018 estes foram os livros que já li da lista. Irei escrever outro texto com os livros que gostaria de ler (que são muitos) e espero que no fim deste ano a lista esteja bem maior.

domingo, 14 de janeiro de 2018

Opinião: Espelho Meu (Jill Gregory)




    Este conto pertence a uma antologia chamada "Contos da Meia-Noite". Os outros contos são:
"Amante de Sonho" - Ruth Ryan Langan
"Terras da Meia-Noite" - Marianne Willman


Nunca tinha lido nada da Jill Gregory, mas fiquei com vontade de conhecer mais o seu trabalho. Apesar de ser uma história pequena conseguiu prender-me aos personagens.

A protagonista Fiona é uma curandeira que, após ver um cavaleiro ser atacado no seu espelho, salva-lhe a vida. A curandeira tem também a seu cargo o herdeiro do rei, que vê a sua vida ameaçada. 

Encontrei aqui alguns clichés e vi muitas parecenças com o conto anterior (ainda bem que não li de seguida), mas nada que estragasse a diversão de ler. Tal como no conto anterior, recomendo este conto para quem quer ler algo divertido do que para quem está à procura de uma grande história.

domingo, 7 de janeiro de 2018

Opinião: O Alienista (Machado de Assis)


Um livro pequeno que os especialistas debatem se é uma novela ou um conto. Simão Bacamarte é um médico que pretende aprofundar o conhecimento em psiquiatria, por isso funda a Casa Verde, um manicómio para todos os que ele considera louco. Ao início o médico interna os loucos conhecidos, mas passado algum tempo começa a internar alguns que são considerados são. 

Nas  primeiras páginas achei que não tinha sentido nenhum. Porque estava o médico a internar pessoas só porque gostavam muito de se arranjar. Mas no fim compreendi a mensagem que o autor quer passar, para além de me ter divertido bastante.