segunda-feira, 18 de julho de 2016

Opinião: Uma Morte Súbita (J. K. Rowling)


Como boa parte de quem já leu este livro, escolhi-o pela curiosidade de ler outro livro da mesma autora da saga Harry Potter (que eu adoro!). Embora soubesse que ia encontrar um estilo completamente diferente de leitura, fiquei desiludida. O livro não é mau, alias, tem uma escrita bem interessante simplesmente não correspondeu às altas expectativas que tinha.

A história começa com a morte prematura de Barry, um membro do conselho da pequena cidade de Pagford, devido a esta morte começa uma grande disputa pelo seu lugar no conselho. De um lado os habitantes mais conservadores que pretendem tirar o problemático bairro de Fields da jurisdição da cidade. Do outro lado encontra-se um grupo que considera benéfico continuar a pertencer a Pagford.

No meio desta intriga é nos apresentada várias famílias, como os conservadores Mollison, em que o "avó" da família, Howard é chefe do conselho e faz tudo para o seu filho ocupar o lugar vago no conselho. Mantêm "a fachada" de cidadãos perfeitos, enquanto a louca nora de Howard, descontente com o casamento e com a cidade onde foi obrigada a viver, passa o tempo inteiro a sonhar com rapazes com idade para serem seus filhos.

Conhecemos também a família Wall, o casal professores tem um filho adolescente, bastante problemático, conhecido com Fats, (se a J. K. Rowling lhe tivesse chamado Tom, teria agradado aos maiores fãs) é o rapaz mais arrogante da escola secundária. Fats tortura constantemente a estrangeira Sukhvinder, filha de Jawanda, membro do conselho e a médica menos profissional do mundo!

O melhor amigo de Fats é o Andrew, que sofre violência física e psicológica (tal como a sua mãe e irmão mais novo), por parte do pai, um homem nada aconselhável, para além da forma com trata a família, enche a casa de objectos roubados.


Com estas famílias, o livro abordou diversos problemas da sociedade embora muitos leitores gostem de uma leitura muito semelhante à realidade, pessoalmente não é isto que eu procuro num livro. Vivemos num mundo onde não é difícil encontrar casos de violência domestica, toxicodependência entre outros. Quando agarro num livro, procuro afastar-me desta sociedade deprimente, quero a possibilidade de "viajar" até Hogwarts (ou outro local mágico), quero ler uma história com um final feliz, ou pelo menos algo diferente da "realidade" pura e dura.

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