sexta-feira, 3 de março de 2017

Opinião: Em Busca da Ilha Fianchair (Laura Vasconcellos)


Eu adorava começar a dar a minha opinião com algo como: "Foi um grande livro, vale a pensa os fãs dos autores de fantasia internacionalmente lerem este livro". Infelizmente não é esta a minha opinião.

Em Busca da Ilha Fianchair tem tantos erros que não sei como é que alguém pode editar um livro assim.

Para começar, não consegui perceber por que razão a protagonista parte à aventura. Sabemos que vai procurar o seu mestre, mas não consegui perceber bem o porquê. Talvez a culpa seja minha e não tenha lido com atenção os primeiros capítulos, mas ao longo de todo o enredo não volta a existir uma referência clara ao que leva a protagonista à aventura.

Em segundo lugar, não conseguir perceber a razão que leva as personagens a determinados locais. Há um momento em que o grupo que acompanha a protagonista vai para uma ilha e divide-se em dois grupos. Por que razão se dividiram em dois grupos? E por que razão foram sequer aquele ilha se ela era conhecida por ser perigosa?

Desse grupo que parte à aventura, nós  conhecemos os personagens momentos antes deles morrem (ou qualquer outro destino equivalente). Não me consegui importar com nenhum dos personagens. Se eu não conhecia  os personagens como poderia torcer por eles?

Se eu considero grave esta falta de profundidade de personagens secundário, não conhecer a personagem principal é gravíssimo. Aquilo que eu fiquei a saber da Lynn é que ela é lindíssima  e corajosa. (Alerta Mary Sue) Nunca conheci os medos dela, as duvidas, etc. As descrições da beleza dela, dos seus cabelos e da sua roupa consegui  ocupar mais parágrafos que descrições de batalhas.

Não gosto de livro muito descritivos, mas quero ficar minimamente a perceber o que está a acontecer. Deu-me ideia que este livro era apenas um resumo que ainda precisaria de (muito) trabalho para ficar concluído. Uau! Gastei 7 euros num resumo.

Se algum dia a autora ler a minha opinião, tenho uma sugestão a fazer-lhe. Procure um grupo de leitores, de preferência que gostem de fantasia e que não se importem de fazer críticas sinceras (por exemplo... deixa-me pensar... eu), para serem os seus leitores beta. Vejo neste livro alguma criatividade e aspectos que poderiam fazer parte de uma grande história, desde que devidamente trabalhados.

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