quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Romances cor-de-rosa

Como podem ver pelas opiniões que tenho dado, eu leio imensos romances cor-de-rosa. Neste texto eu vou apenas dar uma opinião muito pessoal sobre este género literário, realçando aquilo que gosto e o que não suporto.

No topo das coisas que para mim são importantes num romance cor-de-rosa (e em todos os livros) é a originalidade. Chateia ler sempre a mesma história da menina ingénua, virgem e pouco interessante, que conhece um homem lindo, rico e mulherengo e que se apaixonam. Esta deve ser a ideia mais batida da história. (Será que ainda se pode chamar ideia?). Está em livros, filmes, séries, telenovelas...

Também considero importante existir mais alguma história para além do romance. Pode ser um mistério, descoberta do passado, um pouco de magia, ou até mesmo cenas de humor. Não quero ler um livro de 300 páginas, em que dessas, 200 são a dizer que os membros do casal são lindos e as outras 100 são eles a dar beijinhos (mas só beijinhos, porque a protagonista é muito ingénua e virgem).


Se a falta de conteúdo me chateia, ideias ultrapassadas ainda me chateiam mais, Não é difícil encontrar livros com ideias ultrapassadas apesar de serem recentes. Não, as mulheres não têm de fazer todas as tarefas domésticas, enquanto os homens ficam no sofá a beber cerveja. E aquelas personagens que andam loucas para arranjar namorado, como se fosse a única coisa importante têm um problema qualquer de autoestima, não são raparigas comuns. Será que as mulheres dos romances não podem ter, também outros interesses? E porque razão, as mulheres que têm uma carreira, vão ver-se sempre obrigadas a escolher entre a carreira e a família?

Eu sei que tudo aquilo que eu referi no último parágrafo são questões que estão enraizadas na mente das pessoas. Pergunto-me se os livros não deveriam tentar por as pessoas a pensar "fora da caixa".


Já li imensos romances cor-de-rosa e vou continuar a ler. Há livros que são ótimos, que nós fazem divertir imenso e por vezes até aprender um pouco. Apesar disso, é um género em que, para mim, é fácil odiar algumas coisas.

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